Preparei este pequeno e modestíssimo livro não só para satisfazer a vontade de muitos companheiros de militância na casa racionalista cristã de Luanda, que insistentemente me pediam para escrever algo a respeito de minha vida, antes e depois de eu conhecer a verdade espiritualista divulgada pelo Racionalismo Cristão, mas para também cumprir um dever pessoal, pois, como muito bem escreveu Júlio Ribeiro em Cartas Sertanejas:
"O homem que sabe servir-se da pena, que pode publicar o que escreve, e que não diz a seus compatriotas o que entende ser verdadeiro, deixa de cumprir um dever, comete o crime de covardia, é mau cidadão."
O que vou narrar, estou certa, servirá para o esclarecimento dos bem intencionados e estudiosos do espiritualismo, porque, para os que desconhecem tão sublime riqueza, só me resta a confiança de o Astral Superior, um dia, os chamar a realidade.